Três gerações que marcaram o Inter no cenário gaúcho, nacional e mundial
A rica história do Inte rnacional pode ser contada através de três grandes gerações que colocaram o Colorado entre os clubes mais importantes do planeta. Em momentos distintos de seus 100 anos, o Inter apresentou ao futebol três grandes times, que marcaram época no estado, no país e no mundo. O primeiro deles, que confirmou a força do Inter e o consolidou no cenário gaúcho ficou conhecido como 'Rolo Compressor', que marcou os anos 1940. Já forte no cenário gaúcho, o Colorado se tornou imbatível no começo dos anos 70, quando deu o salto definitivo de qualidade e ganhou reconhecimento nacional.
A espera foi grande para que o Internacional conseguisse reunir força para dar o passo mais importante da sua história. A angústia e a paciência da torcida colorada foi recompensad
a em 2006, quando o clube finalmente conquistou a América e, em seguida, o planeta. Sob o comando de Abel Braga, o Inter acabou com as frustrações do final do século.
'Rolo Compressor' dos anos 40
Para os torcedores mais velhos do Internacional, não há nenhuma dúvida: o melhor time de todos os tempos foi o 'Rolo Compressor'. Os anos 40 foram gloriosos para o clube, com superioridade indiscutível no Rio Grande d o Sul e frequentes humilhações ao maior rival, o Grêmio. O Inter foi hexacampeão, de 1940 a 1945, depois foi bi nas temporadas 47/48 e, como se fosse pouco, ainda emendou um tetra de 1950 a 1953. Porém, nessa última série, já não estavam mais as grandes estrelas do 'Rolo', sendo as principais delas os atacantes Tesourinha e Carlitos.
Tesourinha, que mesmo em Porto Alegre - distante do centro do País - foi eleito o melhor jogador do Brasil em uma votação popular da época conhecida como 'Craque Melhoral', é, para muitos jornalistas e historiadores, o melhor jogador do Inter em todos os tempos. Lesionou-se às vésperas da Copa de 1950, quando era titular da seleção nacional.
Quanto a Carlitos, é simplesmente o maior goleador da história colorada até hoje, tendo marcado 324 gols no seu período no clube, que foi de 1938 a 1951. Ele jogou 384 vezes com a camisa colorada. O time base, no período áureo do "Rolo" tinha Ivo; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
Tri Brasileiro nos anos 70
Se no âmbito regional o Internacional era imbatível naquele começo dos anos 70, faltava o salto definitivo de qualidade e o reconhecimento nacional. E ele veio com a conquista do bicampeonato, nos anos de 1975 e 1976, sob o comando do treinador Rubens Minelli, que montou uma equipe que aliava a força tradicional do futebol gaúcho, com o talento de craques pinçados cuidadosamente fora do Estado. O auge daquela equipe foi em 76, quando destacava-se um meio de campo de talento raro, comandado por Falcão e Carpeggiani, um ataque arrasador, com Valdomiro, Dario e Lula, todos capitaneados pelo melhor zagueiro das Américas, Figueroa, o 'Capitão dos Andes'.
No final daquela mesma década, em 1979, o Inter ainda conquistaria o seu terceiro título brasileiro, esse de forma invicta, feito nunca igualado. Restavam, então, poucos craques do time de 76, mas entre eles um que estava no auge de sua qualidade técnica, Paulo Roberto Falcão, talvez o maior jogador da história do Internacional. O time baseque marcou aquele período teve Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Perez e Vacaria; Caçapava, Falcão e Carpeggiani; Valdomiro, Dario e Lula.
Campeão da América e do Mundo em 2006
O Internacional chegou ao novo século, trazendo do anterior uma frustração, a de não ter conquistado um título da Libertadores e muito menos um Mundial. Mas a angústia e a espera tiveram fim em 2006, quando o time finalmente conquistou a América e o planeta.
Sob o comando do treinador Abel Braga, que até então tinha a fama de ser 'pé frio', pois sempre era derrotado em grandes decisões, o Colorado exorcizou todos os seus fantasmas naquela temporada. Ganhou a competição continental sobre o São Paulo e o Mundial diante do Barcelona.Ambos adversários poderosíssimos, para não deixar dúvidas sobre a qualidade do time formado no Beira-Rio.
A equipe era uma mescla de experiência, simbolizada pelo goleiro Clemer, o meia-atacante Fernandão, e o atacante Iarley, com a juventude de ex-juniores do clube, como Rafael Sobis (titular na Libertadores) e Alexandre Pato (no Mundial).
Após a conquista no Japão, a delegação colorada chegou a Porto Alegre. A capital gaúcha parou, com centenas de milhares de pessoas enlouquecidas pelas ruas, acompanhando o grupo que desembarcou precisamente na base aérea de Canoas, cidade da região metropolitana e demorou horas até chegar ao estádio Beira-Rio, onde a festa se completou. O time que começou a decisão do Mundial teve Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Fernandão e Alex; Iarley e Alexandre Pato.
Inter lança camisa dourada em comemoração ao centenário
Em comemoração ao centenário do clube, o Internacional lançou nesta sexta-feira a terceira camisa da equipe, de cor dourada, que já está disponível à venda para os torcedores na loja oficial do Colorado, pelo site www.lojadointer.com.br O Internacional comemora 100 anos de existência neste sábado, dia 4 de abril, e lança mais um produto de presente para seus torcedores. A camisa dourada está disponível nos modelos feminino e masculino e pode ser adquirida por R$ 159,90 ou em até oito parcelas de R$19,99.
Além da camisa número 3, o clube lançou também o Kit Centenário com edição limitada, que contém três camisas especiais em comemoração a data histórica.
